O Banco Central da República Argentina (BCRA) divulgou recentemente planos para emitir novas notas de 10.000 e 20.000 pesos (ARS) a partir de junho de 2024. No entanto, o valor dessas notas em comparação com outras moedas revela a crise econômica enfrentada pelo país sul-americano.

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Atualmente, a nota de maior valor em circulação na Argentina é de 2.000 pesos, equivalente a apenas US$ 2. Com a nova emissão, a maior nota do país valerá cerca de US$ 20, ou aproximadamente 0,0003 Bitcoin (BTC) – uma ilustração vívida da desvalorização do peso argentino.

A inflação desenfreada tem assolado a Argentina há décadas, levando quase 60% da população à pobreza. Com o aumento dos preços, até mesmo transações simples se tornaram complicadas, exigindo grandes quantidades de dinheiro em notas de baixo valor.

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Para muitos argentinos, a busca por alternativas ao peso se tornou uma prática comum. Alguns optam por trocar seus pesos por dólares ou stablecoins, enquanto outros veem no Bitcoin uma oportunidade de proteger seu capital da desvalorização monetária.

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Inflação na Argentina

Apesar dos desafios econômicos, houve uma diminuição na inflação mensal desde que o presidente Javier Milei assumiu o cargo em dezembro, graças a medidas para reduzir os gastos fiscais. No entanto, a crescente adoção do Bitcoin sugere uma busca por alternativas financeiras mais estáveis e seguras.

O ministro da Economia, Luis Andrés Caputo, comentou que, com as medidas que o governo está estabelecendo, esperam que a inflação mensal continue caindo. Além disso, ele espera que os preços caiam devido à queda do dólar no mercado até agora neste ano, de quase 1.300 para 995 pesos, aproximando-se do preço oficial de 885 pesos.

O interesse pelo Bitcoin continua a crescer em todo o mundo, especialmente devido à sua política monetária “antiinflacionária”. Ao contrário das moedas fiduciárias sujeitas à emissão ilimitada, o Bitcoin possui um suprimento limitado, tornando-o uma reserva de valor atraente em tempos de incerteza econômica.

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Source: CriptoFacil

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