Uma nova edição da “guerra dos blocos” do Bitcoin, que no passado deu origem a diversos forks no BTC, pode estar prestes a acontecer, e desta vez, será até 100 vezes mais intensa.

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Samson Mow, CEO da empresa JAN3, compartilhou suas perspectivas em uma entrevista no podcast “What Bitcoin Did” com o entusiasta do Bitcoin, Peter McCormack. Segundo ele, atualmente ninguém defende uma mudança nos blocos do BTC, mas grandes empresas que entraram no mercado cripto começam a querer “palpitar” nos desenvolvimentos do código do Bitcoin.

Para entender o contexto, precisamos voltar a 2015, quando uma disputa crucial surgiu na comunidade Bitcoin em relação ao tamanho dos blocos de transações. Essa controvérsia resultou na criação da famosa bifurcação do Bitcoin chamada Bitcoin Cash em 2017.

Na época, empresas, mineradores, desenvolvedores e organizações ligadas ao Bitcoin entraram em conflito. De um lado, havia defensores de um tamanho máximo de bloco de 1 MB. Do outro, apoiadores da expansão do tamanho para processar mais transações na rede.

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Atualmente, Mow esclarece que não necessariamente veremos uma “guerra de blocos” no sentido literal, mas ele prevê “algum tipo de conflito” em que “muito mais estará em jogo”. Ele acredita que essa hipotética guerra será “100 vezes maior do que a primeira”, devido aos jogadores atuais serem muito maiores.

Guerra dos blocos no Bitcoin

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O ecossistema do Bitcoin mudou significativamente. Agora, grandes figuras do sistema financeiro global estão envolvidas. Empresas renomadas como BlackRock e Fidelity possuem seus próprios fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em BTC e gerenciam milhares de unidades dessa moeda digital.

“Antes, pensávamos que Coinbase e Bitmain eram grandes, mas agora temos BlackRock e Fidelity. E se eles tomarem o lado errado?”, questiona Mow.

Ele exemplifica com um cenário hipotético em que a famosa “Regra de Viagem” do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) seja aplicada ao protocolo Bitcoin. Grandes corporações, como a BlackRock, podem ter um peso significativo nessas decisões.

Além disso, Mow observa que há um “culto à personalidade” mais forte no Bitcoin atualmente do que em 2015. Figuras como Roger Ver eram proeminentes naquela época, mas agora, em eventos como o Bitcoin Atlantis, vemos pessoas aclamando nomes como Michael Saylor. Se Saylor se alinhar com a BlackRock, será uma batalha na qual o Bitcoin Core pode ser devastado, acredita Mow.

Source: CriptoFacil

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