As importações de criptomoedas pelos brasileiros alcançaram R$ 8,9 bilhões em abril, marcando um crescimento no setor apesar da recente queda do Bitcoin. Este resultado mostra o aumento significativo no volume de transações, que mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2023.

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Após um recorde em março, o volume importado de criptomoedas no Brasil continuou a crescer em abril. A soma alcançou a cifra de US$ 1,731 bilhão, o equivalente a R$ 8,9 bilhões. Esse valor representa um aumento de 127% em relação aos US$ 763 milhões registrados em abril de 2023.

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (24), esse crescimento se deu mesmo com a queda de 14% no preço do Bitcoin, que teve sua máxima de quase US$ 74 mil em março.

Além disso, nos primeiros quatro meses de 2024, o Brasil importou um total de US$ 6,420 bilhões em criptomoedas, um aumento de 120% em relação aos US$ 2,915 bilhões importados no mesmo período do ano passado. O Brasil atingiu, em apenas um terço do ano, metade do volume total importado em 2023, que foi de US$ 12,306 bilhões.

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Exportações sofrem queda

Na contramão das importações, as exportações de criptomoedas do Brasil, embora em crescimento anual, mostraram um desempenho menor quando comparadas às importações. Em abril, por exemplo, as exportações alcançaram US$ 120 milhões. Trata-se de um aumento de 823% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados apenas US$ 13 milhões. Contudo, este valor é inferior aos US$ 202 milhões exportados em março de 2024.

No acumulado do quadrimestre, as exportações totalizaram US$ 468 milhões, comparado aos US$ 613 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Isso representa uma queda de quase 24%. A expectativa é que o país supere a marca de US$ 613 milhões exportados em 2023 entre junho e julho deste ano, se mantido o ritmo atual.

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Para o Banco Central, a importação de criptomoedas reflete o fluxo de ativos digitais entre vendedores estrangeiros e compradores residentes no Brasil. As transações comerciais são monitoradas pela autoridade monetária por meio de contratos de câmbio.

Esse movimento contínuo de compra de moedas digitais indica que, mesmo diante de um mercado em queda, os investidores brasileiros continuam a adquirir ativos. Isso corrobora com os dados de fluxo positivo dos fundos de criptomoedas nacionais desde o ano passado.

O aumento nas importações de criptomoedas em um período de queda no mercado pode ser um sinal de confiança dos investidores brasileiros na recuperação e valorização futura dos ativos digitais. Este comportamento também se alinha com a tendência observada desde o ano passado, quando os fundos de criptomoedas nacionais registraram resultados positivos.

Especialistas do setor destacam que o interesse dos investidores brasileiros por criptomoedas pode estar relacionado a uma busca por diversificação de investimentos. No entanto, esse movimento também poderia estar ligado à proteção contra a volatilidade econômica interna.

Além disso, o cenário regulatório no Brasil, que tem mostrado uma postura relativamente favorável à adoção de tecnologias de blockchain e criptomoedas, também pode estar incentivando este movimento.

Source: CriptoFacil

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