O CEO da Tether, Paolo Ardoino, compartilhou recentemente os planos para o futuro da empresa. Em um episódio do podcast “The Scoop” com Frank Chaparro, do The Block, Ardoino compartilhou informações importantes sobre o Tether e o flerte com a Inteligência Artificial.

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Em 2024, a Tether comemora seu décimo aniversário, um marco significativo para a empresa que começou com a ideia simples de colocar um dólar na blockchain. Desde 2014, a Tether cresceu substancialmente, especialmente nos últimos anos, graças à adoção mundial da USDT.

Atualmente, a USDT tem um valor de mercado de aproximadamente US$ 110 bilhõess. Este crescimento reflete a utilidade da USDT além do comércio de criptomoedas, tornando-se um dólar digital amplamente utilizado em mercados emergentes e países em desenvolvimento.

De acordo com Ardoino, o sucesso da USDT deve-se em grande parte à sua capacidade de eliminar intermediários desnecessários. O CEO destacou o impacto dessa desintermediação em economias como a das Filipinas, onde as remessas representam uma parte significativa do PIB. Com a USDT, as transações são mais baratas, rápidas e transparentes, oferecendo uma alternativa eficiente aos métodos tradicionais que envolvem altas taxas cobradas por empresas de remessa.

Agora, uma década depois do projeto que revolucionou o mercado mundial de remessas, a Tether apresenta planos ainda mais ambiciosos.

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Expandindo horizontes: Inteligência Artificial e educação

A Tether não se contenta apenas em revolucionar o setor financeiro. Agora, a empresa está explorando a desintermediação em outras áreas, incluindo telecomunicações, inteligência artificial e educação. Além disso, Ardoino explicou que a Tether desenvolveu o Whole Punch, um kit de ferramentas para desintermediar chats, chamadas de voz e vídeo, e outras formas de comunicação.

Na esfera da inteligência artificial, Ardoino expressou preocupações sobre o domínio de empresas como Google, Microsoft e Amazon. Ele ressaltou como a IA, apesar de ser uma tecnologia emergente, já está sendo utilizada para fins políticos e de propaganda. Para a Tether, a solução está em investir em modelos de IA que possam ser executados localmente, otimizados para computadores e dispositivos móveis. A ideia é criar uma IA descentralizada, que não dependa de grandes corporações e que possa ser controlada pelo usuário final.

Os planos para o setor de educação também fazem parte dos projetos da empresa. Durante a entrevista, Ardoino argumenta que a pandemia de COVID-19 destacou a fragilidade do sistema educacional global, especialmente na Itália, seu país de origem.

“Durante o primeiro ano da pandemia, muitos estudantes ficaram sem acesso adequado à educação devido à falta de ferramentas de comunicação”, destacou o CEO. “Em resposta, a Tether está investindo em plataformas edutech, que utilizam tecnologia peer-to-peer para conectar professores e alunos, criando uma economia em torno da educação. Essas plataformas visam ensinar uma variedade de habilidades práticas, desde a programação até ofícios como encanamento e eletricidade”.

O futuro da Tether

Ardoino destacou a necessidade de preparar-se para um futuro incerto. Ele argumentou que muitas empresas e sistemas são projetados para funcionar perfeitamente apenas em cenários ideais, sem considerar desastres naturais, pandemias ou conflitos. A Tether, por outro lado, está construindo suas plataformas com a resiliência em mente, prontas para operar em condições adversas.

De acordo com ele, a empresa divide suas iniciativas em duas categorias principais: desintermediação e preparação para cenários de crise. No primeiro caso, a Tether está focada em remover intermediários desnecessários em setores como finanças e telecomunicações. No segundo, a empresa está desenvolvendo tecnologias para enfrentar possíveis crises futuras, seja no campo da educação, da energia ou da IA.

Ainda assim, mesmo com suas ambições diversificadas, a Tether permanece focada em manter sua liderança no mercado de stablecoins. Ardoino acredita que a expansão para novas áreas de negócios complementa e fortalece o produto principal da Tether. Ele vê a desintermediação e a preparação para crises como uma extensão natural do trabalho diário da empresa no desenvolvimento do USDT.

Source: CriptoFacil

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