A exchange de criptomoedas FTX, que entrou em recuperação judicial em novembro de 2022, continua a vender suas criptomoedas, acumulando reservas líquidas antes de seu planejado reembolso aos credores.
De acordo com uma reportagem da Bloomberg, com base nos relatórios operacionais mensais do Capítulo 11, os consultores venderam criptomoedas das quatro maiores afiliadas do grupo FTX. Dessa forma, quase dobraram as reservas de caixa da entidade para US$ 4,4 bilhões, em comparação com os US$ 2,3 bilhões em outubro.
As quatro maiores entidades são FTX Trading, Alameda Research, West Realm Shires Inc. e Clifton Bay Investments. A West Realm é a empresa controladora da entidade baseada nos EUA da FTX, a FTX.US.
Enquanto isso, a Clifton Bay Investments era uma das empresas que o braço de capital de risco, FTX Ventures, distribuiu seu fundo. Além disso, é a única afiliada além da FTX Ventures a ter preparado demonstrações financeiras trimestrais.
Recuperação judicial da FTX
Desde que a nova gestão da FTX recebeu autorização para vender suas criptomoedas em setembro do ano passado, carteiras vinculadas à exchange depositaram fundos em outras plataformas de maneira regular. Ao mesmo tempo, a nova gestão retirou centenas de milhões de dólares em criptoativos de plataformas de staking.
No início deste mês, conforme noticiou o CriptoFácil, surgiram relatos de que a FTX sozinha pode ter sido responsável por quase US$ 1 bilhão em saídas do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) nos primeiros cinco dias de sua negociação como um ETF.
Ao mesmo tempo, a Alameda Research retirou voluntariamente uma ação judicial contra a emissora do GBTC, Grayscale, por uma suposta “proibição de resgate imprópria” das cotas do fundo. A empresa moveu a ação antes de a Grayscale receber autorização para converter o GBTC em um fundo negociado em bolsa (ETF).
Os esforços da FTX para recuperar valor na forma de ativos líquidos devem contribuir significativamente para o reembolso dos credores. Contudo, alguns clientes da exchange estão contestando a forma como suas reivindicações são avaliadas.
Atualmente, o valor dos fundos dos clientes será vinculado ao valor de seus ativos quando a FTX entrou com o pedido de falência do Capítulo 11. O preço do Bitcoin subiu 150% desde então, sendo negociado atualmente em torno de US$ 42.200.
Enquanto isso, o FTT, token nativo da FTX, segue em queda. Nas últimas 24 horas, o preço do criptoativo recuou 2%. No momento da redação desta matéria, o ativo digital está custando US$ 2,73, de acordo com dados do CoinGecko.
Source: CriptoFacil