Síndrome metabólica é fator de risco para doenças graves<

A obesidade e o sobrepeso são uma realidade no Brasil. Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha, 59% da população brasileira está acima do peso. Para essas pessoas a condição pode ainda vir acompanhada de outros problemas, como a síndrome metabólica. 

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A síndrome metabólica e a obesidade estão intimamente relacionadas, principalmente em casos de obesidade abdominal. Conforme o Ministério da Saúde, a patologia é caracterizada por grande circunferência abdominal, hipertensão arterial, resistência aos efeitos da insulina e níveis alterados de colesterol. 

Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2020 estimou que, naquele período, a prevalência do desenvolvimento da condição em brasileiros já chegou a 38,4% ou quase quatro a cada dez pessoas no país.

Os pacientes com a condição precisam recorrer a tratamento especializado que, em alguns casos, pode conter indicações de Wegovy e outros medicamentos. Tratar a síndrome é importante, pois, segundo especialistas, ela é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, renais e outras. 

Características da síndrome metabólica 

Conforme materiais da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, o termo síndrome metabólica se refere a uma resistência à ação da insulina, hormônio responsável pelo metabolismo da glicose. Por isso, a condição também é conhecida como síndrome da resistência à insulina. 

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Alguns fatores contribuem para o aparecimento da síndrome e entre eles estão a genética, ausência de atividade física e excesso de peso. A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) aponta que o sobrepeso, principalmente caracterizado pelo acúmulo de gordura na circunferência abdominal, é critério essencial para a condição. 

Para ambas as organizações, a síndrome é uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado de uma alimentação inadequada e do sedentarismo. O diagnóstico da condição é feito por meio da medida da circunferência abdominal, medição da pressão arterial e exames que analisem as concentrações de glicose e gordura no sangue em jejum.  

Síndrome pode trazer outras consequências

A síndrome metabólica por si só não apresenta sintomas, mas pode vir acompanhada de outros problemas para a saúde. O Ministério da Saúde também descreve a condição como conjunto de fatores de risco que se manifestam em uma pessoa e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes.

Um artigo da Tulane University School of Medicine publicado no Manual MSD apontou que o armazenamento em excesso de gordura abdominal aumenta as chances de desenvolver doença arterial coronariana, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, dislipidemia, doença hepática associada à disfunção metabólica, gota, doença renal crônica, síndrome do ovário policístico em mulheres e disfunção erétil em homens. 

Tratamento pode devolver a qualidade de vida 

Ainda de acordo com Ministério da Saúde, a síndrome não apresenta cura no sentido tradicional, mas pode ser controlada e, em muitos casos, revertida por meio de tratamento. 

O artigo internacional pontua que, se os afetados pela condição já tiverem diabetes ou níveis elevados de glicose no sangue, os medicamentos que aumentam a sensibilidade do organismo à insulina podem ajudar. Essa é uma das finalidades para que serve o Mounjaro, o Wegovy e o Ozempic, por exemplo. 

Além das medicações, os pacientes com a síndrome também devem adotar um novo estilo de vida. A Abeso aponta que a prática regular de atividade física e a adoção de uma alimentação saudável são fatores essenciais para controlar a doença e ter mais qualidade de vida. 

Ainda conforme o artigo publicado no Manual MSD, há indícios que relacionam o estresse à síndrome metabólica, por isso, também é recomendado buscar por métodos que reduzam essa sensação, como exercícios de respiração profunda, meditação, apoio psicológico e psicoterapia.

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