O desafio pode ser driblado com planejamento e conhecimento sobre as possibilidades de bolsas, descontos e financiamentos para pagar pela graduação.

Publicidade

 

Os custos do ensino superior privado podem ser um desafio para muitos que desejam ser universitários. No entanto, é possível driblar as barreiras econômicas com planejamento e conhecimento sobre as possibilidades de bolsa de estudos, desconto usando notas do Enem, financiamentos e outras maneiras de pagar pela graduação. Para conquistar o tão sonhado diploma, é válido buscar informações. 

Há instituições de ensino superior no Brasil que oferecem cursos com mensalidades que custam, em média, R$ 10 mil. Embora a graduação represente uma qualificação valiosa para o mercado de trabalho, o custo elevado é motivo de apreensão para muitos interessados.

Levantamento realizado pelo portal TecMundo identificou os dez cursos universitários mais caros do Brasil. No topo da lista estão Medicina, com mensalidades que podem chegar a R$ 10 mil, Odontologia, com valor médio mensal de R$ 7 mil, e Medicina Veterinária, com preço médio de R$ 4 mil.

Publicidade

A formação em Administração de Empresas aparece em seguida, com um custo médio mensal de R$ 3,5 mil. Na sequência estão Tecnologia da Informação e Biomedicina, com o valor de R$ 3 mil mensais.

A lista segue, ainda, com Engenharia Mecânica (R$ 2,5 mil), Arquitetura e Urbanismo (R$ 2 mil), Publicidade e Propaganda (R$ 2 mil) e Nutrição (R$ 1,5 mil). 

Seja para qualquer área de interesse, entre as mais caras ou não – como curso de Psicologia, Fisioterapia, Jornalismo, entre outros -, contar com uma bolsa de estudos pode ser uma saída financeira para custear a formação. O auxílio pode ser oferecido por governo, empresas privadas ou as próprias instituições de ensino. 

Há diferentes tipos de bolsas de estudos. As integrais arcam com o custo total do ensino, enquanto as parciais oferecem um desconto para o aluno. Já o modelo de auxílio financeiro oferece ajuda em dinheiro e, geralmente, é vinculada à participação de algum projeto na faculdade. 

Os requisitos para concorrer a uma bolsa de estudos variam conforme o programa que a oferece. De modo geral, é preciso se enquadrar em critérios de renda familiar, etnia, condição socioeconômica, nota no Enem e desempenho escolar.

No caso de bolsas de estudos oferecidas por empresas privadas aos colaboradores, a concessão do benefício depende da política de Recursos Humanos da companhia.

Como conseguir auxílio para os estudos

Cada bolsa ou programa tem suas especificidades, por isso, conhecê-las é o primeiro passo para quem deseja contar com esse tipo de auxílio para os estudos. Pensando nisso, é preciso buscar informações sobre os principais benefícios oferecidos no país e seguir algumas orientações: 

 

  1. Fique de olho nos requisitos e nas inscrições para o ProUni

    O Programa Universidade para Todos (ProUni) é uma iniciativa do Governo federal  que fornece bolsas integrais ou parciais para candidatos brasileiros que ainda não tenham diploma de curso superior. Para pleitear uma vaga, é necessário ter participado da última edição do Enem e conquistado o mínimo de 450 pontos. O candidato também não pode ter zerado a redação.

    No caso da bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. Já para a bolsa parcial, que garante 50% de desconto, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

    É preciso, ainda, se encaixar em um dos seguintes critérios: ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou ter recebido bolsa integral em escola da rede particular; ter cursado o ensino médio parcialmente em escola pública ou privada, mas sendo bolsista integral no segundo caso.

    Pessoas com deficiência e professores da rede pública de ensino que concorrem às bolsas, exclusivamente, nos cursos de licenciatura também podem ser contemplados pelo programa.

    O processo seletivo do Prouni tem uma única etapa de inscrição gratuita, feita pela internet. É possível escolher até duas opções de instituição, curso e turno para as bolsas disponíveis, de acordo com o perfil e as preferências dos estudantes.

    O candidato com deficiência ou que se autodeclarar preto, pardo ou indígena pode concorrer às bolsas reservadas para políticas de ações afirmativas.

     

  2. Verifique bolsas patrocinadas por empresas

    Algumas empresas contam com programas de incentivo à qualificação de seus colaboradores. Assim, para quem está empregado e deseja uma oportunidade de melhorar o currículo, a orientação é procurar o RH para saber se a organização tem convênio com alguma faculdade. Dependendo do acordo firmado, é possível conseguir descontos, bolsas e outras condições para a facilitação do custeio dos estudos.

     

  3. Tente bolsas das faculdades

    Diversas faculdades particulares possuem seus próprios programas de bolsa de estudos. Os critérios para concedê-las variam e podem contar com descontos para pessoas de uma mesma família, incentivos para quem tira boas notas ao longo do semestre ou tem um bom desempenho no vestibular e descontos para familiares de funcionários, alunos de baixa renda, pessoas da terceira idade, entre outros.

    Como as regras variam de acordo com cada instituição, o ideal é entrar em contato com a faculdade desejada para compreender os requisitos, separar a documentação necessária e pleitear o benefício.

     

  4. Procure por bolsas em sites especializados

    Há sites especializados que reúnem bolsas de estudo no formato de descontos na mensalidade. As possibilidades costumam estar disponíveis para faculdades de todo o Brasil. Alguns exemplos incluem o Quero Bolsas, o Portal Bolsas de Estudo, o Educa Mais Brasil e o Educafro – Organização não Governamental (ONG) que oferece bolsas para pessoas negras e alunos de baixa renda que estudaram na rede pública. Cada portal detalha a dinâmica de funcionamento.

     

  5. Verifique os requisitos para o Fies

    O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Governo federal que possibilita os estudantes parcelarem o pagamento do ensino superior em instituições privadas.

    É dividido em diferentes modalidades que podem ter juros zero para os candidatos que mais precisam. A escala de financiamento varia conforme a renda familiar do aluno. O processo de seleção é feito online e, também, utiliza a nota do Enem como parâmetro.

Share.